Evocação Do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das
Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o
Recife que aprendi a amar depois
Recife das revoluções
libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife
sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu
brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de
dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o
pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias
tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A
gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho
sai!
Não sai!
Manuel
Banderia
Recife é um município e
capital do estado de Pernambuco, no Brasil. Pertence à Mesorregião
Metropolitana do Recife e à Microrregião do Recife.
Muitas são as referências dadas
à Recife, como Veneza Brasileira, Florêncça dos Trópicos, Cidade
Mauricia e, a mais interessante, Capital Brasileira dos Naufrágios e
Cidade Maguetown. Percebe-se por aí a multiplicidade de visitantes
da querida Recife.
Há muitos lugares dignos de
visita na cidade de Recife, seria necessário mais do que um final de
semana para conseguir, pelo menos, os principais pontos turísticos
conhecer. Portanto a visita restringiu-se à uns poucos museus: Museu
do Homem, Instituto Ricardo Brennand, Oficina Francisco Brennand,
Museu do Homem do Nordeste e por último o Museu do Mamulengo em
Olinda, além de passeios pela cidade, praia de Boa Viagem,
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e, ainda um passeio de
bicicleta, pela ciclovia, até o Recife antigo (marco zero) com
direito a travessia de barco para a praia de Boa Viagem.
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foto: Cristiana Barroso |
Instuto Ricardo Brennand –
Museu Castelo São João. Um lugar muito interessante de
propriedade do colecionador Ricardo Brennand. Sabe-se que sua coleção
se iniciou quando ainda menino com canivetes e outras armas brancas
de todo tipos.
Após longos anos fundou o instituto, reunindo todas
essas peças e, muitas outras acumuladas ao longo dos anos, formando
uma instituição sem fins lucrativos. Ricardo Brennand possui obras de
toda espécie, um verdadeiro gabinete de curiosidades moderno. O instituto possui uma área de 77.000m².
As
obras estão espalhadas, tanto à céu aberto, quanto no
palácio pelos corredores, salas e grandes salões. O
museu de arte Castelo São João – é uma réplica de
castelo medieval com paredes grandes espessas e maciças, além de
outras características inspiradas no estilo Tudor. O castelo abriga peças provenientes da Europa, Ásia, América e
África (séculos XV e XXI).
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foto: Cristiana Barroso |
A coleção vai de Pintura, brasileira e
estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e
Mobiliário. Destaque para a maior coleção privada do pintor
holandês Frans Post. Interessante citar que quase nenhuma obra
possui etiqueta sobre o autor ou sobre sua procedência, com exceção
das obras de Frans Post. O Instituto também não tem trabalhos de
mediação ou ação educativa, ou seja, um local apenas para deleite
e curiosidade. O museu de Armas Castelo São João abriga a maior coleção de armas
brancas de estilo medieval do mundo. Durante o passeio no castelo,
fica a impressão de estarmos dentro de um filme medieval com tantas
armaduras, adagas, espadas e todo tipo de arma branca imaginável.
Além, das obras de arte o instituto abriga também uma biblioteca com vasto acervo em História do Brasil-holandês, opúsculos (pequena obra de ciência, literatura e arte), periódicos, partituras, discos, forografias, albúns iconográficos e obras raras. São obras dos século XVI ao XX.
O instituto Ricardo Brennand é com certeza um local para apreciação!!
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foto: Cristiana Barroso |
Oficina Francisco Brennand.
Trata-se de um museu aberto muito parecido com o Centro de Arte
Contemporânea Inhotim. O local anteriormente pertenceu ao pai de
Francisco Antiga fábrica de tijolos e telhas. As obras estão
espalhadas pelo conjunto arquitetônico monumental da antiga olaria,
que segundo ele está em constante processo de mutação, sua obra se
associa à arquitetura para “...dar forma a um universo abissal,
dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso” (BRENNAND).
O artista possui um trabalho original e “...contínuo de criação
que confere à Oficina um caráter inusitado, identificando-a como
uma instituição intrinsecamente viva e com uma dinâmica que torna
imprevisíveis os rumos da arquitetura e da obra” (BRENNAND). A
oficina surgiu em 1971 nas ruínas de uma olaria do século XX.
Nenhuma das obras possui etiquetas explicativas, o local também não
conta com mediadores, senão, para deficientes visuais. Durante a
visita foi possível observar uma mediação neste sentido.
Praticamente todas as obras podem ser tocadas, raras exceções, das obras que não podem ser tocadas ou fotografadas.
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foto: Cristiana Barroso |
Francisco Brennand pertence à mesma família que o colecionador
Ricardo Brennad. Este ao contrário de seu parente "coleciona" apenas
obras de sua autoria. Além das esculturas, o artista também trabalha com pinturas, dentro deste mesmo local há um salão que abriga a coleção de pinturas de várias técninas, infelizmente não é permito fotografar as pinturas. Segundo funcionários da Oficina o Sr. Francisco tem grande
apego à suas obras e não faz nenhuma questão para que sejam
vendidas. Na loja as compras são feitas apenas em dinheiro não
facilitando a venda das mesmas. Percebe-se que a Oficina não conta
com apoio financeiro de nenhum patrocinador. Durante a visita tive o privilégio de conhecer o Sr. Francisco Brennand pessoalmente.
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foto: Cristiana Barroso |
Museu do Homem do Nordeste:
Museu constituído de artefatos da herança cultural da formação
do povo nordestino. Segundo informações, trata-se do mais
importante museu antropológico do Brasil.Foi fundado em 1979, pelo
sociólogo, Gilberto Freyre e, está ligado à Diretoria de
Documentação da Fundaj. Embora seja dito que o museu possui cerca
de 20 mil peças, fica a impressão de faltar algo para se ver. Artefatos indígenas, por exemplo, há pouquíssimos.
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foto: Cristiana Barroso |
O mesmo
acontece com a vitrine dos orixás. Somente na parte religiosa há um
acervo mais consistente. O museu conta com ação educativa e toda a documentação do acervo está em perfeita ordem.
Museu do Mamulengo – Espaço
Tiridá:
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foto: Cristiana Barroso |
O museu reúne cerca de 1.200 bonecos antigos e
contemporâneos. Através dos bonecos é possível perceber o
universo e linguagem lúdica própria da região. Os bonecos retratam
a estrutura histórica, social e política da região através de
personagens exóticos, que foram eternizados pelas mãos habilidosas
dos “mestres mamulengueiros”. Trata-se do primeiro museu de
bonecos populares do Brasil e da América Latina.
A maioria dos
bonecos eram vendidos como peças de decoração, pois os mestres nem
sempre eram reconhecidos ficando assim os bonecos nas mãos de
parentes que acabavam por vende-los. A visita ao Museu do Mamulengo é
muito rica, o acervo é muito expressivo e consistente. Há bonecos
de toda a espécie desde Lampião à padres.
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foto: Cristiana Barroso |
A visita é feita com
mediação onde cada parte do acervo é explicada de acordo com sua
história. Segundo, informações obtidas no próprio museu, a
documentação do acervo está regularizada, embora não possua um
museólogo atuando no local, toda a documentação foi feita de
acordo com os parâmetros da documentação: inventário,
catalogação, marcação, etc.
O Museu do Mamulengo, com certeza,
deve ser visitado por todos que passam por Olinda.
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Esculturas
de Francisco Brennand |
Atração Turística Local
Aos domingos a partir das 7h da manhã saindo de pontos
específicos de Recife a prefeitura disponibiliza ciclo faixa móvel
de turismo e lazer, que liga a zona Norte e Sul da cidade, com
aproximadamente 20 km para passeios.
O trajeto
conta com várias atrações dentre elas Museu do Estado, Câmara
Municipal de Recife, Faculdade de Direito, Teatro Sta. Isabel,
Palácio do Campo da Princesa, Palácio da Justiça (ambos locados em
edifícios históricos maravilhosos) todos fechados para visitação
aos sábados/domingos.
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Feira Japonesa de artesanato e culinária |
No Recife Antigo percebe-se
um descaso coma as edificações históricas poucos estão
conservados e ocupados.
A prefeitura de Recife, atualmente, investe
em eventos para que o local seja novamente ocupado. Atrações como, : música,
dança, culinária, artesanato e apresentação de cosplay, tem sido uma das alternativas para uma reapropriação do
Recife antigo. Ao lado imagem da Feira japonesa.
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Exposição: Cidade em Tiras.
foto: Cristiana Barroso |
Além da
feira é possível visitar exposições no prédio da Caixa Econômica
Federal, como por exemplo, exposição - CIDADE EM TIRAS: A
Metrópole Brasileira Através das Histórias em Quadrinhos do
cartunista Laerte, que como o próprio nome diz, retrata a cidade de
São Paulo através dos personagens em quadrinhos: temas como o sexo,
as drogas, os crise dos relacionamentos, as dificuldades no mundo do
trabalho, a criminalidade urbana, a volta ao regime democrático, a
ecologia entre outros temas fizeram história na década de 80. A
cidade de São Paulo com pano de fundo é outro objeto explorado
pelos cartunistas.
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Artesanato local.
foto: Cristiana Barroso |
Em frente ao prédio da caixa Econômica pode-se
visitar o centro de Artesanato de Pernambuco, com objetos feitos por
artesão locais. O centro de Artesanato de Pernambuco fica na Praça
Rio Branco no Marco Zero.
Ao lado temos o Rio Capibaribe.
Antes de encerrar minha trajetória
por Recife, deixo aqui algumas imagens das ruas de Olinda, onde a arte
está presente nos muros das ruelas e escadarias! Olinda faz parte da
Região Metropolitana de Recife.
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foto: Cristiana Barroso |
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foto: Cristiana Barroso |