a tradição das visitas técnicas

No inverno de julho de 1945, quando as moças e senhoras costumavam usar chapéus em roupas de passeio e os homens trajavam ternos à rua, a turma do Curso de Museus do Museu Histórico Nacional/RJ excursionava para a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. O grupo de 19 pessoas veio de trem numa viagem que durou 16 horas. Durante a permanência de uma semana visitaram também as cidades de Mariana, Congonhas do Campo e o então arraial de Ouro Branco.

Passados 68 anos, o Curso de Museologia da UFOP mantém a tradição das visitas técnicas iniciada pelo Curso de Museus. Todo semestre o DEMUL se reúne para discutir e aprovar os roteiros de viagens das disciplinas que possuem visitas previstas em suas ementas. Em geral, os estudantes organizam a hospedagem, na busca de conforto, higiene, bom preço e localização. Os professores, claro, responsabilizam-se pela elaboração dos roteiros detalhados, agendamentos, relatórios posteriores, avaliações e ainda por todo o aspecto operacional de deslocamento.

Em meio à transitoriedade do mundo contemporâneo as visitas técnicas permanecem uma boa tradição que nos orgulhamos em manter devido à sua importância como recurso pedagógico.

Este blog cumpre, pois o objetivo final de avaliar os estudantes em suas visitas aos museus. Suas postagens são registros, narrativas e leituras da experiência vivida, um diário coletivo, dinâmico, crítico, quiçá, divertido.

Tenham todos uma boa leitura e uma boa viagem!

Prof.ª Ana Audebert


terça-feira, 24 de agosto de 2021



Após reflexão e estudos em textos como o da Maria da Gloria Gohn ficou claro como o poder do capital privado se sobrepõem às lutas de classe e o estado, como ficou expresso nestes quase 6 anos de luta dos atingidos da comunidade de Bento Rodrigues em Mariana Minas Gerais, que ainda buscam seus direitos em transformar esse lugar em um espaço de memoria, após o maior crime ambiental ocorrido no Brasil, em 2015.






sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Instalações interativas e algumas reflexões


Em julho de 2019, visitei uma exposição com a minha companheira de passeios culturais, mais conhecida como minha mãe. Fomos a exposição Em posições de dançano Centro Cultural Hélio Oiticica localizado no Centro do Rio de Janeiro. A exposição reuniu obras de diversos artistas luso-brasileiros, e seu acervo da exposição contava vídeo, fotografias, objeto e documentação.  A maioria das obras tinha uma ligação com a performatividade, e era um convite para uma dança interação. As principais obras da exposição são três objetos-proposições, assim chamados pela curadora “Conjunto Sensível”, “Ponto Comum” e “Penetras”.

Todas tratam-se de indumentárias feitas para mais de uma pessoa se tornarem um só corpo. O objetivo da exposição “Em Posições de Dança” é atingir o visitante um agente com papel ativador da mostra.

A seguir um pouco sobre uma das instalações da exposição:

 






 

Já nesse ano de 2021, me fez refletir e fazer três perguntas:

“Seria possível introduzir as instalações interativas nas exposições no contexto pandêmico em que vivemos?”

“Quais seriam os protocolos sanitários utilizados?”

“Que mudanças esse período pode trazer e levar para o tão esperado mundo pós pandemia ?"


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Museus e a presença negra nos processos curatoriais: caminhos até a contemporaneidade


“(…) há um recorte racial histórico no campo das artes – o recorte branco e masculino. Então, não podemos cair na armadilha de separar arte e política.” Keyna Eleison, curadora e pesquisadora negra brasileira.


A história da curadoria tem como marco inicial as experiências dos Gabinetes de Curiosidades e dos Salões Parisienses (mesmo que neste período não se utilizasse a denominação de curadoria). Desde o início de seu percurso as ações curatoriais estiveram atreladas aos museus. Tratando-se de um campo elitista, nos últimos anos, no Brasil, temos assistido uma modificação nesse terreno por meio da presença de grupos tidos como minorias sociais. Trago, para exemplo, a presença dos/as curadores negros/as nos espaços museais. 


As experiências curatoriais negras não são recentes. Podemos mencionar a exposição inaugural do Museu de Arte Negra, no MIS do Rio de Janeiro, idealizada pelo intelectual e artista Abdias Nascimento, em 1968. Além do artista, colecionador e curador Emanoel Araujo que realizou exposições como Vozes da Diáspora (1992), Herdeiros da Noite: Fragmentos do Imaginário Negro (1995), A mão Afro-brasileira (1988) e Negro de corpo e alma (2000).

Emanoel Araújo, artista plástico e curador, na Pinacoteca de SP, em 1994.


Apesar das experiências citadas a participação de curadores/as negro/as nos museus e demais instituições culturais ainda esta longe de ser consolidada. Tal fator é fruto do processo sistemático de racismos presente no campo das artes, atrelado à dificuldade de reconhecimento e inserção de tais profissionais nos espaços institucionais. 


Com o intuito de compreender esses corpos que estão ocupando e, sobretudo, trazendo novos olhares para os processos curatoriais na contemporaneidade, a curadora e pesquisadora Luciara Ribeiro em parceria com a Rede de Pesquisa e Formação em Curadoria de Exposição deu inicio à uma pesquisa intitulada “Curadorias em disputa: quem são as curadoras e curadores negras, negros e indígenas brasileiros?” em 2019, onde vem, desde então, mapeando esses atores levando em consideração classe, gênero, região, vínculo institucional ou independente e outros fatores.

Pesquisa realizada por Luciara Ribeiro.
Colaboração e designer: Projeto Afro, Guillermina Bustos, Jorge Sepúlveda T.,
Gabriela Diaz Velasco e equipe de Trabalhadores de Arte.



Recentemente o Museu de Arte de São Paulo (MASP) anunciou Hanayrá Negreiros como nova integrante de sua equipe, sendo curadora adjunta de moda. Mestre em ciência da religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), suas principais áreas de estudo são as estéticas africanas e afro-diaspóricas que se manifestam pelo vestir. A presença de Negreiros e de outros sujeitos dentro da curadoria museológica na contemporaneidade é fundamental para se repensar as artes tendo em vista que o processo curatorial não é neutro e faz-se político.



Hanayrá Negreiros no Museu de Arte de São Paulo.
Foto: Leno Taborda





"em vez de apagar a história, devemos analisá-la, assumi-la e aprender com os erros" (Isabel Castro Henriques, 2021)


https://amensagem.pt/2021/08/11/entrevista-isabel-castro-henriques-historia-colonial-roteiro-lisboa-africana-destruicao-simbolos-coloniais-padrao-descobrimentos/

Os meses de Junho e Julho pós queima da estátua do escravocrata/bandeirante Borba Gato na cidade São Paulo, fez com que minha timeline se enchesse das mais variadas opiniões, apelos e informações dos mais variados níveis escolares, políticos e sociais.
Com isso encontrei esta belíssima reportagem com a historiadora Isabel Castro Henriques - que estuda a décadas a história africana em Lisboa - e que sim, faz correlação não só com o ato de vandalismo provocado intencionalmente à estátua referida, mas a todas as outras das quais o poder público não salvaguarda, e que também são vistas todos os dias pelos transeuntes sem se ver quem ali foi representado (mesmo que na época que o monumento foi erguido tenha sido em sentido de homenagem, esta é uma linha tênue que nos tempos atuais deve ser corrigida).

Com a leitura da reportagem o ocorrido e seus desdobramentos, o que me chamou a atenção foram os levantes para a retirada desta e de todas as estátuas/monumentos que fizessem referência a períodos da escravidão; Ao meu ver, não vejo essa atitude com a correta ou a ideal, visto que a maioria da população não sabe quem foram estes rostos esculpidos. 
Precisamos é do oposto! Precisamos de que seja ensinado quem eles foram, o que fizeram, para que com os erros do passado possamos ter um país melhor.
Um exemplo que Isabel apresenta são os monumentos ao Holocausto, que são recriados para que com a experiência sensorial/visual os erros cometidos no passado não sejam novamente reproduzidos. 
Devemos nos lembrar que mesmo o período colonial tendo sido um período vergonhoso nos mais diversos sentidos, escondê-lo ou apagá-lo só fara com que as possibilidades de erros iguais ou parecidos sejam cometidos. O ensino sobre estes monumentos devem ser constantemente revisto, para que as identidades se reconheçam, para que os verdadeiros heróis hoje sejam homenageados e não retratados.




Recomeçar...

 

Fui criada na cidade de Brumadinho, vi o Instituto Inhotim ser construído e crescer, transformando-se no que é hoje, o maior museu contemporâneo a céu aberto do mundo com grandes nomes de artistas nacionais e internacionais. Em 2019 vivenciamos um dos maiores desastres no município, o rompimento da barragem B1 da empresa Vale na Mina Córrego do Feijão, deixando 270 mortos e 10 desaparecidos entre trabalhadores, moradores e turistas, além de destruir 133,27 hectares de vegetação nativa da mata atlântica.


Com a cidade desolada pelo ocorrido, o Inhotim como parte da comunidade de Brumadinho, esteve a todo tempo mobilizado para prestar assistência a população, sempre em contato com a Prefeitura se colocando à disposição para dar o suporte necessário. Utilizou seus canais de comunicação para ampliar a divulgação das informações que foram sendo disponibilizadas pelos órgãos competentes sobre os impactos do desastre, e desde o dia 25/01/2019 vem traçando medidas para minimizar os danos. Brumadinho é a casa do Inhotim e de tantas outras vidas e histórias. Enquanto instituição cultural referência na região, que nasceu e se desenvolveu neste lugar, se comprometeu a utilizar todos os meios possíveis para apoiar na recuperação da cidade e na superação dessa grande tragédia que afeta a todos nós.

Atualmente, a melhor forma de ajudar a cidade é fortalecendo sua reconstrução por meio da valorização da cultura, do turismo e das riquezas naturais de Brumadinho, a cidade conta com uma extensa área verde, com diversas espécies da Mata Atlântica e do Cerrado, cachoeiras e trilhas, é uma cidade com rica oferta cultural, com tradições de congado e comunidades quilombolas reconhecidos, entendendo que o desastre deixará marcas profundas e duradouras, o museu tem papel crucial na recuperação, tendo a importância e responsabilidade de uma instituição cultural para com a comunidade em que está inserida. Cultura, arte, meio ambiente e educação, os grandes pilares, são fundamentais para o desenvolvimento humano e da sociedade, continuarão sendo ponto de partida para a definição de ações futuras, reforçando o compromisso com o município de Brumadinho. Os museus no mundo contemporâneo têm a função potente capaz de nos fazer pensar e repensar sobre a nossa presença no mundo, nossa relação com o espaço e com o outro, exercendo ato de solidariedade, consciência, cooperação e afeto.



As mulheres e o medo

    Ao decorrer da disciplina Museu no Mundo Contemporâneo, foi possível compreender como são os diálogos das instituições museais, dada as características que a era/tempo possuem. Devido as análises desenvolvidas durante o estudo das referências bibliográficas, é possível afirmar que são repletas de discussões sociais nos museus e essa comunicação permitiu a assimilação de aspectos multiculturais.

    Posto isso, é possível observar que o conceito de memória é um componente intrínseco à contemporaneidade. Essa particularidade em conjunto com as notícias que estamparam a mídia e as redes sociais durante o mês de agosto de 2021, sobre o domínio do Talibã no Afeganistão, permitem um debate entre a relação da memória desses sujeitos e o respeito cultural no olhar moderno.

    O terror vivenciado pelo povo afegão, sobretudo as mulheres, pela violação dos direitos humanos me permitiu lembrar de um filme exibido como componente curricular em uma disciplina ligada a antropologia. Ainda na mesma semana, uma publicação na plataforma do Instagram pelo perfil da Amanda Noventa sobre as mulheres afegãs possibilitou uma lembrança do drama dirigido por Sherry Hormann em Flor do Deserto (2009), no qual é possível induzir um debate sobre o estudo entre as culturas ocidentais e orientais, o respeito como foco de até qual ponto o meu argumento pode ser defendido sem que ultrapasse o limite cultural da população, no exemplo cinematográfico, o país da Somália é inserido no emblema.

Link da postagem da Amanda Noventa: https://www.instagram.com/p/CSog3xnhTHU/

Link da CNN: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/08/18/taliba-esta-no-comando-ha-48-horas-as-mulheres-ja-sumiram-das-ruas-de-cabul


Museu da informática e da tecnologia de informação (MITI). A História do Museu onde se recicla eletrônicos.


Acervo Coopermiti. Foto: Thiago Mucci 

           A ideia do museu da informática, surgiu durante um bate papo entre amigos, em um café, no ano de 2007. Iniciou-se com a opinião do acervo, em que seria composto por equipamentos de informática e eletrodomésticos, presente na evolução da história brasileira, através da tecnologia usada no dia a dia. Após 11 anos transformou se também em cooperativa, e assim nomeado Coopermiti, onde sua sigla inicial compõe o nome da cooperativa e a segunda parte (Miti), Museu da Informática e da Tecnologia de Informação, uma instituição museal que recicla eletrônicos.

A sede é dividida em três pavimentos,  localizada na Rua João Rudge, 366 - Casa Verde São Paulo. Cada andar do prédio acontece uma atividade, as oficinas, as áreas de desmonte e o Museu onde contém duas mil peças do acervo exposto, há de televisores e videogames vintage a instrumentos musicais. Podendo acessar mais informações, através desta reportagem no link: https://www.reciclasampa.com.br/artigo/a-historia-do-museu-que-recicla-eletroeletronicos ou Visite o site  http://www.coopermiti.com.br/agendamento/ e suas redes sociais. https://www.facebook.com/Coopermiti  https://instagram.com/coopermiti.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Interatividade - Museu de Artes e Ofícios

 Gostaria de falar sobre o museu de Artes e Ofícios  de Belo Horizonte, e como mesmo durante o período pandêmico tem promovido atividades muito relevantes e interativas, presencialmente. Ainda a plataforma online está atrasada em comparação com outros museus onde é possível fazer uma visita completa pelo formato digital e interagir com as atividades educativas, e conhecimento do acervo. 

O museu de Artes e Ofícios junto com um programa da CEMIG desenvolveram uma exposição de curta duração, de forma interativa e explicativa da trajetória da energia elétrica voltada para Minas Gerais. Com acervos que poderiam ser tocados com ajuda do mediador  e ver as interações com os visitantes, transmitiu a saudade que estava de uma visita mediada e interativa. Poder participar da exposição foi um dos momentos tranquilos que pude aproveitar depois de tanto tempo em isolamento ( inda em isolamento). O museu tenta seguir as cartilhas de segurança à risca e o acesso é limitado para os visitantes, mas todos podem saborear a emoção de uma exposição interativa.


Aguardo ansiosamente o fim desses tempos difíceis para um novo recomeço das instituições. Que ainda permaneça as interações nas redes sociais e que presencialmente seja repleto de novidades. 

Segue um vídeo participando de um dos acervos que era possível de relacionar. 








Colagem - Museu Nacional de Belas Artes

 Eu escolhi o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro como tema do meu relatório de visita da disciplina, por ser um museu que eu sonho em conhecer a muito tempo, mas que nunca tive a oportunidade. Ao visitar o site da instituição para fazer o trabalho, eu passei um bom tempo olhando pro acervo do museu disponível online e vendo todas as exposições virtuais. 

Fiquei pensando que por mais que seja muito interessante ter a opção de ver tudo isso disponível na internet, é completamente diferente de uma visita presencial. Por isso, eu quis trazer um pouquinho dessa minha experiência com o MNBA para a materialidade, e pra isso escolhi algumas das obras que eu mais gosto pertencentes ao acervo, imprimi e realizei uma colagem. Decidi registrar todo o processo, e o resultado é este vídeo. 





O Museu no futuro e seu papel acerca das histórias contemporâneas

 

Não é difícil encontrar na internet imagens denominadas como “memes” sobre o papel no qual historiadoras (es) e professoras (es) de história terão ao criar a narrativa da atual conjuntura politica e social que estamos vivendo.

Fonte: twitter.com


        Isso porque estamos vivendo algo que historiadores descrevem como “passado protagonista” onde acontecimentos pontuais marcam um pedaço da história. A partir disso, é interessante pensar em como os museus no futuro irão comunicar e dialogar a respeito de uma época tão cheia de acontecimentos e mudanças principalmente no que tange ao patrimônio cultural.

       Uma boa parte da nossa sociedade não se reconhece nos patrimônios ali erguidos, grande exemplo foi o incêndio a estatua de Borba Gato, já que estátuas e monumentos não apenas estabelecem quem são os “grandes homens” e os “eventos importantes” do passado, mas também como devemos entendê-los e buscar compreender o motivo pelos quais eles estão ali representados.  A partir disso, o ato de derrubar, incendiar ou tentar instigar uma ação negativa para com o patrimônio não pode ser vista como uma forma de derrubar o passado e sim como uma forma de protesto ao passado que em muitas vezes, não fora ali representado em sua totalidade e muito menos teve o instituto de representar a grande maioria da sociedade. 


Ilustração Antônio Junião / Ponte Jornalismo


A partir disso é interessante questionar qual será o futuro dos museus e prestar atenção e como, a partir de agora, nossa história será escrita por quem realmente vivenciou e se compreende como sujeito histórico. 





terça-feira, 17 de agosto de 2021

Museu no mundo contemporâneo


X

        Ao visitar a biblioteca do Museu Nacional no Rio de Janeiro,dentre os vários itens, senti uma grande empatia com o acervo da Sophia Jobim.

      Seus croquis de moda mostram mudanças culturais em paradigmas de abordagens espaciais no tempo,mais que remetem a uma consciência de traços estéticos e culturais com identidade e com muita comunicação. 

      A moda traz uma linguagem globalizada de consumo que nos faz pertencer em atividades sociais e ocupações cotidianas.


Aqui jaz o Brasil!


 


Aqui jaz o Brasil... Aqui também jaz parte de nossa história!

Essa charge, de autoria do cartunista Carlos Latuff em que o Museu Nacional arde em chamas, as chamas da negligência cujo combustível é a ignorância de um governo que pouco ou nada se importa com a cultura e patrimônio e que foram acesas pelo fósforo da omissão de seus responsáveis em que carboniza-se uma rica história que outrora fora construída com o suor e sangue de muitos brasileiros e que hoje se definha nas cinzas da incerteza de que um dia daremos o devido valor em nossa história, especialmente o governo. Hoje só nos resta apagar as brasas de parte de uma história perdida com as lágrimas do conhecimento e quem sabe um dia reacendermos a chama, mas a chama que nos trará a luz da sabedoria, tanto de preservar e conservar nossos museus de quanto sabermos escolher nossos governantes, em especial os que se iluminem de sabedoria e se aqueçam da valorização de nossa história e de nossos valores!

O Museu do Agora

As coisas não são ultrapassadas tão facilmente, são transformadas.

-Nise da Silveira

O museu Nacional em Chamas. Daniela Klebis – Jornal da Ciência. Disponível em:<http://www.fnpetroleiros.org.br/noticias/4976/perda-inestimavel-entidades-cientificas-lamentam-incendio-no-museu-nacional> Acesso em 17 de ago. 2021.

 Escrevo isso como uma triste e pesada documentação dos dias atuais, para que no futuro alguém possa entender o nosso agora. Hoje o tempo passa rápido e devagar na mesma medida,  temos uma eternidade e ao mesmo tempo uma pressa incessante em terminar tudo. Apreciamos a tudo com voracidade e ansiedade, nossa arte é descartável como uma garrafa PET, nossas memórias se esvaem com tanta rapidez, que já passamos há tempos da liquidez moderna e nos tornamos etéreos, mais leves que o ar.

Não somos mais indivíduos, somos uma massa que ocupa um lugar no mundo, a fim de produzir e consumir. Como ousaria dizer o antropólogo García Canclini, o consumo se tornou um pré requisito à cidadania, não somos mais cidadãos, somos meros consumidores, nem mesmo nossa memória escapa disso. Nossos museus deixaram de ser apenas um lugar para contemplação aos finais de semana, como era no século passado, nossos museus são capitalizados, pois esta é a ordem e a lei da nossa era, não queremos estar em um museu no interior de Rondônia vendo uma entediante e monótona exposição sobre a formação de um território tão remoto e insignificante em um termo global, mesmo que boa parte de nossa identidade e história esteja presente em cada parte de seu acervo, mesmo no mais minúsculo fragmento de cerâmica que tem mais anos de existência que a revolução industrial, mas com certeza nós estaríamos prontamente dispostos a enfrentar uma fila de 30 minutos, para vermos uma grande exposição financiada pelo capital privado, como a famosa Dreamworks: A exposição, porque é o que nos faz consumir, nos faz ver filmes, ter brinquedos, ficar horas e horas petrificado em frente a uma gigante tela colorida, é o que nos proporciona likes no instagram, comentários no facebook e menções no twitter, porque é um bem de consumo.

E qual o problema em consumir cultura moderna? Eu ousaria dizer que há uma linha muito tênue em como atrair público aos museus com exposições “blockbusters” e repelir o público quando se trata de uma exposição sobre o interior de Rondônia, uma eterna corda bamba, já que não há um valor de mercado expressivo, não temos canecas, ovos de páscoas, nem brinquedos sendo vendidos em uma escala global desse isolado museus, porque nossa identidade se difundiu, em uma grande hegemonia cultural onde não temos tempo para pensar só para tirar uma foto e deixar ali guardada para sempre em uma plataforma invisível, o museu do agora é uma instituição minúscula no interior do país que luta quase sem forças contra uma enorme cadeia de produção, não é sobre apreciar é sobre consumir, sobre ter capital que o leve até o Louvre, pois é uma comprovação da sua cidadania moderna, como um mero consumidor.



Dica de Podcast. É Possível Falar em Popular na Cultura Contemporânea?

 Na disciplina Museu no Mundo Contemporâneo, estudamos ao longo do semestre sobre o impacto da globalização nos museus e na cultura. Atualmente os museus vêm cada vez mais se diversificando, há diversas formas de públicos, acervos e  exposições. Fica a cada dia mais nítido a multiplicidade e a heterogeneização destes espaços. Com a globalização, a cultura e suas esferas passam a ter um caráter mais global, tornando- se uma cultura de massa. 

Pensando nesse contexto trago o podcast É Possível Falar em Popular na Cultura Contemporânea? O episódio, que é dividido em duas partes, está disponível no canal Museológicas Podcast na plataforma digital Spotify

Episódio 1: #13.1 É Possível Falar em Popular na Cultura Contemporânea? Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5q0oeHtWuw0P2NkjLJB8Vf?si=iyhyAFXeQye6_YawyzEKiw&dl_branch=1 

Episódio 2: #13.2 É Possível Falar em Popular na Cultura Contemporânea? Disponível em: https://open.spotify.com/episode/4QDSax4pvJBkht35ksjMmw?si=XhlCsmjlSkWYOzh0FbuppQ&dl_branch=1 


Museu enquanto obra

O Museu é lugar de representação social e de pertencimento. Através de colagens e de desenhos, na disposição da expografia, é exposto uma das minhas perspectiva do que é o museu, do museu enquanto obra, enquanto formador de opiniões, enquanto lembrança e resgate do passado, enquanto diálogo com a contemporaneidade e enquanto construção da sociedade e do futuro. Diante do meu olhar e pelas minhas compreensões, que cercam a representatividade e o pertencimento na interação sujeito e obra. Disposição do museu em quadro, como obra exposta sobre meus debates, minhas vivência e meus desejos, durante o curso de Museologia. 

Por onde anda o presente?

As reflexões sobre patrimônio, representatividade, arte e espaço público tem emergido ao passo em que a sociedade civil toma consciência da própria identidade em consonância com a memória social do grupo a qual pertence. Os movimentos sociais reivindicam o politicamente correto, inclusive nesses campos, que legitimam discursos, práticas, que podem expressar uma história e memória hegemônica, e em contrapartida podem ser vetores para democratizar esses discursos.

A forma como uma sociedade trata seu passado reflete na forma como lidamos com o patrimônio no presente, inclusive nas nossas relações políticas que envolvem  a memória e história. Trazer à tona essa discussão aponta caminhos para questionarmos o que estamos preservando, para quem estamos preservando e porque.

Esse cenário traz à tona a retirada ou manutenção de semióforos, configurados como homenagens a personagens ou momentos históricos. Um exemplo que obteve muita repercussão foi a estátua do bandeirante Borba Gato situada no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Um personagem de história escravagista, demarcado pela violência. E em contrapartida tem-se grupos solicitando a manutenção desse monumento com o argumento de que esse patrimônio deve ser preservado, desprezando a narrativa embutida nessa representação e o que sua permanência representa.

Publicado no dia 25/04/2017, o projeto de Lei 230/2017, aprovado em plenário pela câmara dos vereadores de Belo Horizonte, se apresenta numa tentativa de criminalizar a arte urbana. O projeto visa incentivar a prática do graffiti e inibir a pixação, criando um conflito inexistente entre as duas manifestações artísticas. O projeto foi aprovado no dia 13 de julho e segue para sanção ou veto do atual prefeito, Alexandre Kalil. Vale lembrar da existência da lei Federal Nº 12.408, de 25 de Maio de 2011, lei esta que altera o art. 65 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, uma legislação federal questionável, mas que trata o assunto e torna redundante o projeto de lei 230/2017. A lei denomina a pichação como crime.

O CURA, Circuito Urbano de Arte, é o maior festival de arte e pintura pública de Minas Gerais. O Evento promove e realiza as obras no espaço urbano, como o mural “O abraço" do artista Davi Melo Santos, referente a edição de 2017. Além disso, oferece como uma parte essencial da programação, os debates que buscam a construção coletiva de uma cena artística mais inclusiva. Segundo o site da organizacao “toda a programação de debates e aulas é gratuita e discutimos e aprendemos sobre diversos temas como a história do graffiti em BH, a história dos graffiti writers no mundo, como surgiu o muralismo, a presença das mulheres na cena de streetart, a invisibilidade de artistas negros, o patrimônio material e imaterial da cidade e o mercado da arte contemporânea urbana”.

Esse mesmo grupo, o CURA, denunciou em um post veiculado pela sua rede social, que as organizadoras e cinco artistas convidados da edição de 2020 do festival estão sendo investigados pela Polícia Civil por crime contra o meio ambiente, com base na lei Federal Nº 12.408, de 25 de Maio de 2011 já citada. O motivo seria a obra localizada no Centro da capital, na Rua Tupis, esquina com a Avenida Afonso Pena, intitulada “Deus é mae”, do artista paulista Robinho Santana. A acusação estaria relacionada com o fato da obra possuir uma espécie de moldura na qual apresenta a caligrafia com a estética do pixo.

Fonte: Site CURA

A Pichação atualmente é crime, e sua descriminalização passa por temas como liberdade de expressão e denúncia às injustiças sociais, uma resposta de um grupo social ao Estado, que não oferece os subsídios básicos previstos por lei para a sociedade. O Estado esquece de uma parcela da população e o pixo apresenta lembretes expostos pela cidade. Lembretes da existência da dignidade humana.

"Museu da maldade: Deus seja louvado"

 



Ficha técnica:

Marcus Vinícius Gonçalves Valias

Museu da maldade: Deus seja louvado

Colagem sobre papel kraft

63 x 43cm

2021

A obra “Museu da maldade: Deus seja louvado” (2021) é a materialização de algumas inquietações que foram despertas no autor através da disciplina de “Museu no mundo contemporâneo” (MUL106). A peça, realizada somente através de recortes e colagens de papel de revista, foi elaborada com a utilização de excertos diversos de dez números da revista juvenil “Mundo estranho” (ME) da Editora Abril, abrangendo o arco temporal dos anos de 2011 a 2014 (o que nos faz atentar para a atemporalidade da discussão).  

A ideia central da obra toca na tangente das contribuições de Néstor Garcia Canclini em “Leitores, espectadores e internautas”, mais especificamente nos verbetes “Museu” e “Museu para a globalização”. Entretanto as visões do fenômeno da musealização se centram na distopia da ruína das tecnologias diante da iminência da extinção/esgotamento dos recursos minerais sem os quais os aparatos tecnológicos não têm condições de serem produzidos. Neste sentido, a “cultura do efêmero” e a obsolescência da cultura material como consequência de uma sociedade sustentada por um discurso civil baseado no poder de consumo, são ideias de Canclini (agora em “Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização”) que catalisam este cenário. 









Podcast: A cultura e o museu contemporâneo

 Podcast: A cultura e o museu contemporâneo


Durante a disciplina Museu no Mundo Contemporâneo (MUL 106) foram estudadas questões relacionadas à globalização, cultura, museus e patrimônios, buscando discutir sobre  a atuação, evolução e a forma que os museus se desdobraram para atender a sociedade contemporânea. Abordou-se também o contexto pandêmico, ocasionado pela covid 19, e como essas instituições de guarda foram afetadas  e como conseguiram lidar com essa norma forma de se relacionar com o seu público no ciberespaço. 

  Neste sentido, apresento o podcast “Papo de Quinta” episodio #8 “A Cultura e o Museu Contemporâneo” onde é abordado como a pandemia marcou o século da tecnologia e como isso foi refletido na cultura e museus, e como a forma de fazer e pensar a cultura acompanhou esses avanços tecnológicos.


Link de acesso ao Podcast: https://open.spotify.com/episode/2ISGiip4LQV32QGNxJYNoT?si=VwbRoC2gQSaHi3vRzDOQmQ&dl_branch=1

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Museológicas Podcast - Nova definição do conceito de Museu


Levando em consideração tudo que estudamos na disciplina MUL106, principalmente questões como cultura e política juntamente com a tecnologia, foi possível notar a evolução dos museus para com os locais e meios em que se encontram. Além disso, atualmente ocorre as mudanças causadas pela pandemia da COVID-19 que afetou consideravelmente diversas instituições e profissionais do meio museológico que tiveram que se reinventar para poder manter um pouca da normalidade dos museus para o público nessa situação e, dessa forma, proporcionando mais uma questão a ser discutida quando fala-se de contemporaneidade.  

A partir disso, trago aqui o podcast “Museológicas Podcast” que é um programa de extensão produzido por estudantes e professores da UFPE e em especial quero apresentar o episódio “#31 Edição de Segundo Aniversário: nova definição do conceito de Museu” em que o podcast celebra seus dois anos de trabalhos se envolvendo com o debate a respeito da nova definição de museus, proposto pelo ICOM. Nesta edição de aniversário, Elaine Muller, Hugo Menezes e Francisco Sá Barreto, professores do DAM-UFPE, conversam com Eduardo Sarmento (pós-doc PPGA-UFPE, membro do Conselho Consultivo do ICOM-BR e integrante do GT ICOM Define no Brasil) sobre a nova definição de museus. 

Museu no mundo contemporâneo?

Os museus, bem como o espaço museal no mundo contemporâneo, cada vez mais estão preocupados com os movimentos sociais, com a inclusão e criação dos ecomuseus, tal qual a museologia social vem ganhando mais força. As memórias antes selecionadas para serem esquecidas se reerguem e resistem dentro um sistema capitalista que as esmaga.

Vimos na bibliografia selecionada para disciplina, como a sociedade se configurou da forma que conhecemos hoje. Através de séculos os museus como parte integrante, compõe esse cenário, e durante muito tempo funcionaram como um espaço elitista, imperialista e colonialista.

Uma das grandes características da contemporaneidade é o avanço iminente das tecnologias. Com a pandemia da COVID-19 esse fato se amplificou e todos precisaram se reinventar. O museu ganhou novas formas, e passou a ser percurso  frequente para o público a visita à tour virtuais e exposições; a cibermuseologia e o acréscimo de instrumentos tecnológicos nos museus passariam a ditar o futuro da museologia?

Este breve texto não pretende responder essa questão, e sim provocar uma reflexão sobre o tema. Quantos de nós preferem exposições virtuais à presenciais? Quantos realmente leem todo o conteúdo de uma exposição virtual? Quantos conseguem entender a importância de determinado acervo nesse contexto? Acredito que, sem dúvida, todas ou a maioria das pessoas preferem exposições presenciais, não só pela mesma, mas também pelo contexto de ir, do espaço, dos momentos que precedem e sucedem, pela companhia e pela interação humana física.

Mas afirmar que as presenciais levam a uma maior experiência não é também negar uma certa educação, não é rejeitar a evolução e a modernização dos espaços? Penso que, ambos podem coexistir, mas os conflitos são inevitáveis. Pois, progressivamente tudo se torna rápido, sagaz e obsoleto na sociedade, mas os museus ainda são um importante instrumento com a função social para educar, porém também acabam funcionando também como atração turística e contribuindo para demais questões urbanas.

Será que algum dia tudo será totalmente virtual? As exposições, acervos, mediações, interações e demais ações educativas que constituem a essência de um museu tal qual conhecemos hoje? Seria um futuro promissor tendo em vista as atuais ações políticas e culturais do governo? Acredito que não. O público tem diminuído? Novos museus abrirão? Os existentes permanecerão abertos, e no estado de conservação ideal?

Embora no debate museológico evolução de teorias ganhem forças, no espaço museal, principalmente brasileiro, a situação se difere muito. Não há incentivo, há pouco interesse. Somado aos inúmeros avanços tecnológicos, a situação piora, pois não há verba para melhorar os espaços e a comunicação passar a ser dificultosa.

Seria então um futuro nebuloso para a área de museus? Certamente não há como saber. Mas o que vemos, percebemos e aprendemos durante toda graduação é que quase nunca houve tempos fáceis na área, de modo ocasional houve grandes investimentos, e mesmo assim juntamente com os profissionais as instituições seguiram na ativa, resistindo e lutando. Qual seria o futuro então? Por ora, talvez o mesmo de sempre, a resistência aos valores impostos, ao capitalismo, à tecnologia exacerbada, ao governo que a cada mês queima uma instituição e não destina recursos, negligenciando o patrimônio da União. 

Entendo que o propósito da disciplina é assimilar a sociedade em que vivemos para assim compreendermos onde o museu está inserido. Indubitavelmente toda a contemporaneidade foi remodelada devido a pandemia da COVID-19, o que impossibilitou inclusive uma visita técnica para o post nesse blog. Portanto, preferi apenas refletir sobre o contexto que acredito ser essencial na disciplina, isto é, parar e pensar onde estamos, o que há e para onde estamos indo. Uma visita à exposição virtual e até mesmo reviver a alguma do passado em meu ser não seriam capazes de expressar a contemporaneidade aqui discutida, dado que a mesma acontece no presente e não é possível ter a real dimensão do todo.



A contemporaneidade e os processos sociais: Uma museologia repensada para atender as demandas da atualidade

             Ao longo da disciplina discutimos os processos de dinamização das sociedades, como a cultura, política, comunicação e as tecnologias. Processos estes que transformam não somente o comportamento, mas de como as instituições se inserem na vida dos sujeitos; em nosso foco os espaços museais, o patrimônio e quais narrativas representam o público atual.

Antes de tudo o que devemos refletir é que o movimento contínuo das sociedades e suas dinâmicas representam em cada tempo uma configuração. E como as questões referentes a nossa geração serão debatidas, mesmo diante de uma proteção a memória e o passado? Como conseguir que as narrativas sejam representativas e elucidem as causas de nossa atualidade?

Assistimos a pouco enormes debates sobre a destruição de monumentos que representam figuras controversas. Mas estes atos vão além de simplesmente uma depredação, são a manifestação de não representatividade, de alterações nos movimentos sociais que pretendem não admitir que os ´´heróis`` ali empostados sejam mantidos em suas máscaras. Da mesma maneira nos questionamos em como as instituições pretendem ser mais democráticas, representativas e associar-se a comunidade de uma maneira real.

De modo que assim o movimento de alteração das sociedades nos fez imaginar novas formas comunicacionais nos museus, como uma museologia nova, comunitária, de território, os meios virtuais, as propostas educativas e ações que unam as pessoas e as narrativas. Nos nossos estudos acho que fica claro que não existe uma fórmula para o sucesso, e nem que todos os espaços e narrativas serão democráticos e representarão a todos, mas talvez seja essa a maravilha da humanidade. Nunca estática.

Mesmo que busquemos essa maneira logica de agir para que alcance uma representatividade democrática, podemos e vamos falhar. Porém a energia de alterar os discursos, de ouvir o que as novas gerações demandam e buscarmos não admitir os erros passados, já se é um caminho. Debates, nossa disciplina, e novas formas de buscar fazer geram uma modificação que reflete como atuaremos no futuro.

Talvez o caminho seja ouvir, buscar identificar-se sem ferir, achar meios que coloquem conexão, mas incômodo nos sujeitos. Afinal os museus, a arte, o patrimônio e nossa vida, são processos que trazem questionamentos. Parece utópica essa democratização, mas acredito ser o caminho que alimenta a vontade de ser museólogo que traz força e capacita.    

Dica de Podcast: Cultura como patrimônio (Noite dos museus - #entenda)




O assunto é patrimônio, então trouxe uma conversa via Podcast com a arquiteta
Renata Galbinski Horowitz, especialista em Gestão e Prática de Obras de Restauração do Patrimônio Cultural ex-diretora
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE e ex-Superintendente do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN no Rio Grande do Sul, e o gestor cultural,
museólogo e diretor-geral do Instituto Moreira Salles, Marcelo Araújo.

Nesta conversa, vamos perceber o que o queijo mineiro, o frevo pernambucano, o sítio arqueológico de

São Miguel Arcanjo nas Missões Jesuíticas e a Festa do Divino de Pirenópolis em Goiás têm em comum.

Todos integram nosso patrimônio cultural material e imaterial brasileiro.


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