Ao longo da disciplina discutimos os processos de dinamização das sociedades, como a cultura, política, comunicação e as tecnologias. Processos estes que transformam não somente o comportamento, mas de como as instituições se inserem na vida dos sujeitos; em nosso foco os espaços museais, o patrimônio e quais narrativas representam o público atual.
Antes de tudo o que devemos
refletir é que o movimento contínuo das sociedades e suas dinâmicas representam
em cada tempo uma configuração. E como as questões referentes a nossa geração
serão debatidas, mesmo diante de uma proteção a memória e o passado? Como conseguir
que as narrativas sejam representativas e elucidem as causas de nossa atualidade?
Assistimos a pouco enormes
debates sobre a destruição de monumentos que representam figuras controversas.
Mas estes atos vão além de simplesmente uma depredação, são a manifestação de
não representatividade, de alterações nos movimentos sociais que pretendem não
admitir que os ´´heróis`` ali empostados sejam mantidos em suas máscaras. Da
mesma maneira nos questionamos em como as instituições pretendem ser mais
democráticas, representativas e associar-se a comunidade de uma maneira real.
De modo que assim o movimento de alteração das sociedades nos fez imaginar novas formas comunicacionais nos museus, como uma museologia nova, comunitária, de território, os meios virtuais, as propostas educativas e ações que unam as pessoas e as narrativas. Nos nossos estudos acho que fica claro que não existe uma fórmula para o sucesso, e nem que todos os espaços e narrativas serão democráticos e representarão a todos, mas talvez seja essa a maravilha da humanidade. Nunca estática.
Mesmo que busquemos essa maneira logica de agir para que alcance uma representatividade democrática, podemos e vamos falhar. Porém a energia de alterar os discursos, de ouvir o que as novas gerações demandam e buscarmos não admitir os erros passados, já se é um caminho. Debates, nossa disciplina, e novas formas de buscar fazer geram uma modificação que reflete como atuaremos no futuro.
Talvez o caminho seja ouvir,
buscar identificar-se sem ferir, achar meios que coloquem conexão, mas incômodo
nos sujeitos. Afinal os museus, a arte, o patrimônio e nossa vida, são
processos que trazem questionamentos. Parece utópica essa democratização, mas
acredito ser o caminho que alimenta a vontade de ser museólogo que traz força e
capacita.
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