a tradição das visitas técnicas

No inverno de julho de 1945, quando as moças e senhoras costumavam usar chapéus em roupas de passeio e os homens trajavam ternos à rua, a turma do Curso de Museus do Museu Histórico Nacional/RJ excursionava para a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. O grupo de 19 pessoas veio de trem numa viagem que durou 16 horas. Durante a permanência de uma semana visitaram também as cidades de Mariana, Congonhas do Campo e o então arraial de Ouro Branco.

Passados 68 anos, o Curso de Museologia da UFOP mantém a tradição das visitas técnicas iniciada pelo Curso de Museus. Todo semestre o DEMUL se reúne para discutir e aprovar os roteiros de viagens das disciplinas que possuem visitas previstas em suas ementas. Em geral, os estudantes organizam a hospedagem, na busca de conforto, higiene, bom preço e localização. Os professores, claro, responsabilizam-se pela elaboração dos roteiros detalhados, agendamentos, relatórios posteriores, avaliações e ainda por todo o aspecto operacional de deslocamento.

Em meio à transitoriedade do mundo contemporâneo as visitas técnicas permanecem uma boa tradição que nos orgulhamos em manter devido à sua importância como recurso pedagógico.

Este blog cumpre, pois o objetivo final de avaliar os estudantes em suas visitas aos museus. Suas postagens são registros, narrativas e leituras da experiência vivida, um diário coletivo, dinâmico, crítico, quiçá, divertido.

Tenham todos uma boa leitura e uma boa viagem!

Prof.ª Ana Audebert


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Instalações interativas e algumas reflexões


Em julho de 2019, visitei uma exposição com a minha companheira de passeios culturais, mais conhecida como minha mãe. Fomos a exposição Em posições de dançano Centro Cultural Hélio Oiticica localizado no Centro do Rio de Janeiro. A exposição reuniu obras de diversos artistas luso-brasileiros, e seu acervo da exposição contava vídeo, fotografias, objeto e documentação.  A maioria das obras tinha uma ligação com a performatividade, e era um convite para uma dança interação. As principais obras da exposição são três objetos-proposições, assim chamados pela curadora “Conjunto Sensível”, “Ponto Comum” e “Penetras”.

Todas tratam-se de indumentárias feitas para mais de uma pessoa se tornarem um só corpo. O objetivo da exposição “Em Posições de Dança” é atingir o visitante um agente com papel ativador da mostra.

A seguir um pouco sobre uma das instalações da exposição:

 






 

Já nesse ano de 2021, me fez refletir e fazer três perguntas:

“Seria possível introduzir as instalações interativas nas exposições no contexto pandêmico em que vivemos?”

“Quais seriam os protocolos sanitários utilizados?”

“Que mudanças esse período pode trazer e levar para o tão esperado mundo pós pandemia ?"


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