Não é difícil encontrar
na internet imagens denominadas como “memes” sobre o papel no qual historiadoras
(es) e professoras (es) de história terão ao criar a narrativa da atual
conjuntura politica e social que estamos vivendo.
Isso
porque estamos vivendo algo que historiadores descrevem como “passado
protagonista” onde acontecimentos pontuais marcam um pedaço da história. A partir
disso, é interessante pensar em como os museus no futuro irão comunicar e
dialogar a respeito de uma época tão cheia de acontecimentos e mudanças principalmente
no que tange ao patrimônio cultural.
Uma boa parte da nossa sociedade
não se reconhece nos patrimônios ali erguidos, grande exemplo foi o incêndio a
estatua de Borba Gato, já que estátuas e monumentos não apenas estabelecem quem
são os “grandes homens” e os “eventos importantes” do passado, mas também como
devemos entendê-los e buscar compreender o motivo pelos quais eles estão ali representados.
A partir disso, o ato de derrubar,
incendiar ou tentar instigar uma ação negativa para com o patrimônio não pode
ser vista como uma forma de derrubar o passado e sim como uma forma de protesto
ao passado que em muitas vezes, não fora ali representado em sua totalidade e
muito menos teve o instituto de representar a grande maioria da sociedade.
Ilustração Antônio Junião / Ponte
Jornalismo
A partir disso é interessante questionar
qual será o futuro dos museus e prestar atenção e como, a partir de agora,
nossa história será escrita por quem realmente vivenciou e se compreende como
sujeito histórico.
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