a tradição das visitas técnicas

No inverno de julho de 1945, quando as moças e senhoras costumavam usar chapéus em roupas de passeio e os homens trajavam ternos à rua, a turma do Curso de Museus do Museu Histórico Nacional/RJ excursionava para a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. O grupo de 19 pessoas veio de trem numa viagem que durou 16 horas. Durante a permanência de uma semana visitaram também as cidades de Mariana, Congonhas do Campo e o então arraial de Ouro Branco.

Passados 68 anos, o Curso de Museologia da UFOP mantém a tradição das visitas técnicas iniciada pelo Curso de Museus. Todo semestre o DEMUL se reúne para discutir e aprovar os roteiros de viagens das disciplinas que possuem visitas previstas em suas ementas. Em geral, os estudantes organizam a hospedagem, na busca de conforto, higiene, bom preço e localização. Os professores, claro, responsabilizam-se pela elaboração dos roteiros detalhados, agendamentos, relatórios posteriores, avaliações e ainda por todo o aspecto operacional de deslocamento.

Em meio à transitoriedade do mundo contemporâneo as visitas técnicas permanecem uma boa tradição que nos orgulhamos em manter devido à sua importância como recurso pedagógico.

Este blog cumpre, pois o objetivo final de avaliar os estudantes em suas visitas aos museus. Suas postagens são registros, narrativas e leituras da experiência vivida, um diário coletivo, dinâmico, crítico, quiçá, divertido.

Tenham todos uma boa leitura e uma boa viagem!

Prof.ª Ana Audebert


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

As mulheres e o medo

    Ao decorrer da disciplina Museu no Mundo Contemporâneo, foi possível compreender como são os diálogos das instituições museais, dada as características que a era/tempo possuem. Devido as análises desenvolvidas durante o estudo das referências bibliográficas, é possível afirmar que são repletas de discussões sociais nos museus e essa comunicação permitiu a assimilação de aspectos multiculturais.

    Posto isso, é possível observar que o conceito de memória é um componente intrínseco à contemporaneidade. Essa particularidade em conjunto com as notícias que estamparam a mídia e as redes sociais durante o mês de agosto de 2021, sobre o domínio do Talibã no Afeganistão, permitem um debate entre a relação da memória desses sujeitos e o respeito cultural no olhar moderno.

    O terror vivenciado pelo povo afegão, sobretudo as mulheres, pela violação dos direitos humanos me permitiu lembrar de um filme exibido como componente curricular em uma disciplina ligada a antropologia. Ainda na mesma semana, uma publicação na plataforma do Instagram pelo perfil da Amanda Noventa sobre as mulheres afegãs possibilitou uma lembrança do drama dirigido por Sherry Hormann em Flor do Deserto (2009), no qual é possível induzir um debate sobre o estudo entre as culturas ocidentais e orientais, o respeito como foco de até qual ponto o meu argumento pode ser defendido sem que ultrapasse o limite cultural da população, no exemplo cinematográfico, o país da Somália é inserido no emblema.

Link da postagem da Amanda Noventa: https://www.instagram.com/p/CSog3xnhTHU/

Link da CNN: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/08/18/taliba-esta-no-comando-ha-48-horas-as-mulheres-ja-sumiram-das-ruas-de-cabul


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