Ficha
técnica:
Marcus
Vinícius Gonçalves Valias
Museu
da maldade: Deus seja louvado
Colagem
sobre papel kraft
63 x
43cm
2021
A obra “Museu da maldade: Deus seja louvado” (2021) é a materialização de algumas inquietações que foram despertas no autor através da disciplina de “Museu no mundo contemporâneo” (MUL106). A peça, realizada somente através de recortes e colagens de papel de revista, foi elaborada com a utilização de excertos diversos de dez números da revista juvenil “Mundo estranho” (ME) da Editora Abril, abrangendo o arco temporal dos anos de 2011 a 2014 (o que nos faz atentar para a atemporalidade da discussão).
A ideia central da obra
toca na tangente das contribuições de Néstor Garcia Canclini em “Leitores,
espectadores e internautas”, mais especificamente nos verbetes “Museu” e “Museu
para a globalização”. Entretanto as visões do fenômeno da musealização se
centram na distopia da ruína das tecnologias diante da iminência da
extinção/esgotamento dos recursos minerais sem os quais os aparatos
tecnológicos não têm condições de serem produzidos. Neste sentido, a “cultura
do efêmero” e a obsolescência da cultura material como consequência de uma
sociedade sustentada por um discurso civil baseado no poder de consumo, são
ideias de Canclini (agora em “Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais
da globalização”) que catalisam este cenário.
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