Por: André L.S.Paulo
Graduando em Museologia
alspmg@hotmail.com
Como
aluno matriculado na disciplina MUL-106 Museus no Mundo Contemporâneo do Curso
de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto, fui incumbido de realizar
análises sobre alguns museus da cidade do Rio de Janeiro, contudo, estas foram
realizadas através do mundo virtual, pela impossibilidade deste que lhes fala
estar em loco realizando a atividade.
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Fonte: Google Imagens |
Pois
bem, inicialmente a minha intenção era analisar os sites institucionais dos
espaços e através destes, criar um discurso sobre a atuação dos Museus e de que
forma este meio de comunicação utilizado por eles poderia influenciar na
opinião do público visitante. Entretanto
observei, ao longo das análises que apenas isso não seria suficiente para a
formação de uma avaliação completa, pois além dos sites apresentarem apenas um
discurso montado e totalmente institucionalizado, quer dizer, apenas a visão da
instituição sobre si própria e aquilo que ela quer passar para o publico, não
conseguia extrair dali a opinião popular, uma vez que estes suportes não
permitem isso. Não existem nos sites campos onde os visitantes podem deixar
seus comentário elogios e sugestão. Percebi
então com a utilização da plataforma Androide, especificamente o aplicativo Foursquare
que a minha interação com o público visitante seria bem mais próxima
possibilitando assim um maior entendimento de que forma estes museus estão
sendo vistos pelas pessoas que já passaram por eles, e com base nisso analisar
de que forma como estas opiniões poderiam influenciar em minhas escolhas.
O
que é este tal de Foursquare e como ele funciona? E de que forma ele pode
influenciar ou auxiliar você na escolha dos espaços a serem visitados fisicamente.
Você deve estar se perguntando. E a resposta é a seguinte, a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Foursquare)
define o Foursquare como “uma rede social e de microblogging que permite ao
utilizador indicar onde se encontra, e procurar por contatos seus que estejam
próximo desse local. O aspecto lúdico vem do fato de ser possível acumular
distintivos relativos a lugares específicos, um pouco como os autocolantes dos
anos 70. A aplicação funciona em iOS, Android, Windows Phone, Blackberry e
Symbian. Os mapas utilizados pelo Foursquare são provenientes do OpenStreetMap
.”
O site Tecmundo - Descubra e aprenda tudo sobre
tecnologia (http://www.tecmundo.com.br/gps/4092-o-que-e-a-rede-social-foursquare-e-quais-as-vantagens-dela-.htm),
explica o funcionamento do Foursquare da seguinte maneira “Para usar o
Foursquare você precisa ter uma conta no site, um celular e gostar de explorar
o que está ao seu redor. A primeira coisa, portanto, é baixar o aplicativo em
seu aparelho, disponível para Android, iPhone, Palm e Blackberry. Se você não
tem um smartphone e mora nos Estados Unidos, pode usar mensagens de texto
também. Assim que você estiver em absolutamente qualquer local (seja parque,
museu ou supermercado, por exemplo) basta fazer o chamado “check-in”. Ao fazer
isso, sua posição vai para a rede social do serviço, Twitter e Facebook (se
você os adicionou à sua conta) e todos podem saber exatamente o local em que
você está, com indicação no mapa junto ao endereço e opiniões a respeito. Se o
local não existir ainda no Foursquare, você pode adicioná-lo.
Da
mesma forma que todos podem ver onde você está, é possível acompanhar o
itinerário de seus amigos e ver por onde eles andam. Cada um que usa o serviço
é capaz de adicionar seus locais preferidos em um “Top 12”.
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Fonte : Foursquare
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A
minha análise procedeu da seguinte forma, foram indicados pela Profa. MSc. Ana
Cristina Audebert sete museus. São eles: Portal
Arqueológico dos pretos novos, Museus Nacional de Belas Artes, Espaço cultural
da Marinha, Centro cultural Banco do Brasil, Museu de Arte do Rio, Museu da
Maré e Museu da República. Pesquisei quais destes tinham uma localização já
criada no Foursquare e a partir disso selecionei os três mais bem pontuados no
aplicativo para análise. As instituições selecionadas foram o Museu Nacional de
Belas Artes, Centro Cultural Banco do Brasil e Museu da República. Feito isso,
li algumas dicas positivas e negativas dos locais, além de fotos, vídeos e etc.
que pudessem me auxiliar na escolha. Segue uma tabela comparativa e ilustrativa
sobre as três instituições.
Nome
da Instituição
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Numero
de Chek-ins
|
Nota
|
Comentários
Positivos
|
Comentários
Negativos
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Centro
Cultural Banco do Brasil
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25.613
|
9,7
|
“Centro
Cultural Banco do Brasil: viagem no tempo no centro do Rio. Mesmo sem nenhuma
exposição acontecendo, vale entrar no prédio pra sentir o cheiro de café se
espalhando no foyer de mármore cremoso.”
Por: (Fabiana M.- https://pt.foursquare.com/fabianamotroni )
|
“Sinalização
ruim, informações também não são muito bem prestadas mas as exposições sãode
ótimo gosto e o acervo da casa também compensa !” Por
(Monalisa M. - https://pt.foursquare.com/user/12484409)
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Museu
da República
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2.740
|
9,2
|
“O
acervo permanente do Museu é muito interessante. Mas mais ainda é a exposição
"A Res publica brasileira", sobre a república no Brasil. Exposição
completa e perfeitamente organizada.” Por: (Gabriel J. -
https://pt.foursquare.com/gabrieljusto )
|
“Nao
consegui entrar porque esta tendo filmagens. Um absurdo! Filmem durante a
semana” Por:
(Solange P. - https://pt.foursquare.com/solangeplacona)
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Museu
Nacional de Belas
|
3.347
|
9.0
|
“O
museu é lindíssimo, as exposições maravilhosas e os seguranças são super
educados e gentis. Pode também fotografar, o que é bem legal” Por
: (Ana Carolina C. - https://pt.foursquare.com/user/69992923 )
|
O
descaso para com as obras e a estrutura do museu é revoltante. E o ar
condicionado não funciona. Retrato da cultura carioca e brasileira. Muito
triste. Por:
(Natalia G. https://pt.foursquare.com/user/20764572)
|
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Fonte: Foursquare |
Com base neste
comparativo e demais informações, encontradas nas páginas oficiais do
Foursquare dos três espaços selecionados, para uma visita física eu escolheria
o Museu da República, pois este, segundo comentários e fotos, é portador de uma
incrível beleza, natural e patrimonial, além de sua exposição me despertar um interesse
maior.
Concluo
com todo este processo, que cada vez mais, as redes sociais são grandes
formadoras de opiniões, e que as instituições devem se adaptar a estas novas
ferramentas para o seu desenvolvimento e maior contato com o publico. Percebe-se
que cada vez mais as pessoas procuram informações das instituições antes de
visita-las e com isso é cada dia mais importante que estas contem com sites
atualizados e com informações claras. Neste
cenário as mídias sociais devem ser encaradas pelos museus como uma ponte que
facilite seu relacionamento com seus visitantes, estreitando as relações ente
ambos, afim de investigar como estas relações são vistas popularmente. Talvez
esta seja uma nova forma de pesquisa de publico, assim com grandes organizações
já utilização para montar as suas estratégias de marketing.
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