a tradição das visitas técnicas

No inverno de julho de 1945, quando as moças e senhoras costumavam usar chapéus em roupas de passeio e os homens trajavam ternos à rua, a turma do Curso de Museus do Museu Histórico Nacional/RJ excursionava para a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. O grupo de 19 pessoas veio de trem numa viagem que durou 16 horas. Durante a permanência de uma semana visitaram também as cidades de Mariana, Congonhas do Campo e o então arraial de Ouro Branco.

Passados 68 anos, o Curso de Museologia da UFOP mantém a tradição das visitas técnicas iniciada pelo Curso de Museus. Todo semestre o DEMUL se reúne para discutir e aprovar os roteiros de viagens das disciplinas que possuem visitas previstas em suas ementas. Em geral, os estudantes organizam a hospedagem, na busca de conforto, higiene, bom preço e localização. Os professores, claro, responsabilizam-se pela elaboração dos roteiros detalhados, agendamentos, relatórios posteriores, avaliações e ainda por todo o aspecto operacional de deslocamento.

Em meio à transitoriedade do mundo contemporâneo as visitas técnicas permanecem uma boa tradição que nos orgulhamos em manter devido à sua importância como recurso pedagógico.

Este blog cumpre, pois o objetivo final de avaliar os estudantes em suas visitas aos museus. Suas postagens são registros, narrativas e leituras da experiência vivida, um diário coletivo, dinâmico, crítico, quiçá, divertido.

Tenham todos uma boa leitura e uma boa viagem!

Prof.ª Ana Audebert


terça-feira, 26 de março de 2013



Algumas impressões geradas pela visita técnica realizada pelos alunos da disciplina de Museus no Mundo Contemporâneo, nos dias  23 e 24 de fevereiro, em instituições localizadas em São Paulo, estão postadas neste blog através de fotos, textos e desenhos.

       Em São Paulo, além das visitas programadas aos museus da Língua Portuguesa, Museu da Resistência e Museu Paulista, o grupo teve a oportunidade de incluir no roteiro a visita à Pinacoteca do Estado de São, localizado em frente ao Museu da Língua Portuguesa, na região da Estação da Luz. E, naturalmente, nos deslocamentos pela cidade, vivenciou, embora rapidamente, um espaço urbano totalmente diverso daquele compartilhado por todos em Ouro Preto.

       Ao circular por estes espaços a bagagem de conhecimentos adquirida em cinco semestres serviu de referência para discussões que mesclaram temas como patrimônio cultural material e imaterial, musealização do objeto, acessibilidade e o próprio conceito de museu estabelecido pelo ICOM.

       O TEXTO ACIMA ERA PARA SER UM  ESBOÇO DE UM EDITORIAL, MAS...

Tudo isso é verdade, mas a discussão pode ir além, por exemplo: Por que  todas estas experiências não estão ainda relatadas neste espaço?
A sacudida foi dada na sala de aula pela professora Ana Audebert quando discutia-se o texto Cibercultura de Pierre Lèvy.
É refrão: as inovações tecnológicas exigem habilidades específicas.
Será que nós todos, tão críticos a respeito de posturas tradicionais, não conseguimos mesmo nos empolgar com uma proposta diferente do tradicional relatório de visita técnica?
Ou, então, não estamos sabendo manipular estas tecnologias consideradas até atrasadas por alguns colegas?
 O blog saiu de moda ou nós estamos esnobando novas ferramentas tentando esconder nossa falta de habilidade?
 Que tal discutirmos sobre isso também?





Um comentário:

  1. Muito bom a questão levantada Dalva. Pois enquanto alguns analisam as "não habilidades específicas" como falta de interesse, tudo pode passar de apenas não ter as "habilidades específicas". E me pergunto até que ponto precisamos te- las ou não.

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