A parte da visita que mais me marcou em São Paulo foi ao Museu da Imagem e do Som (MIS) onde visitamos a exposição imersiva "Terror no Cinema" que trouxe temáticas desde o terror clássico de diversas épocas como "O Gabinete do Dr. Caligari" (1920), "Nosferatu" (1925), "Psicose" (1960), "O Iluminado" (1980), passando por filmes de terror de diversas sub-temáticas como o gore, terror psicológico, sobrenatural, explorando os diversos sentidos e em determinadas salas, fazendo com que o visitante se sinta dentro das obras apresentadas, como a sala do filme "O Tubarão" (1975) onde parece que realmente o visitante será atacado por um tubarão assassino e a sala do filme "O Exorcista" (1973) onde é exposta a cena crucial do filme que a menina possuída pelo demônio, gira a cabeça (essa sala eu saí correndo porque de fato deu medo).
Como primeira exposição imersiva que visitei em minha vida, achei muito proveitosa pois a forma da narrativa exposta ali, faz com que de fato haja um diálogo entre o visitante e a exposição. Por ser uma temática (filmes de terror) que é cotidiana à maior parte das pessoas em momentos de lazer, é muito fácil do visitante se identificar com o que está exposto mesmo que não haja um profundo conhecimento do acervo.Hoje muito se é criticado das exposições imersivas que são comumente apresentadas, que não há uma narrativa estabelecida com apenas a exposição de imagens e apenas a finalidade de um deleite blockbuster, mas posso dizer que a exposição "Terror no Cinema" sai desta bolha e conversa de fato com o visitante.
Depois que retornamos à Ouro Preto, eu gostei tanto que saí em busca dos filmes que foram ali expostos, e entendendo que, se a museologia é um campo que conserva, pesquisa e expõe seus acervos para a geração de conhecimento, a exposição do MIS consegue cumprir o seu papel museográfico dentro e fora da instituição.
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