No livro "Consumidores e Cidadãos" de Canclini, é dito que "a globalização supõe uma interação funcional de atividades econômicas e culturais dispersas, bens e serviços gerados por um sistema com muitos centros, no qual é mais importante a velocidade com que se percorre o mundo do que as posições geográficas a partir das quais se está agindo". Eu interpreto este trecho de acordo com as sensações e impressões que eu tive na visita técnica a São Paulo, essas atividades que os museus exerssem (principalmente no mundo contemporâneo) percorrem o mundo com facilidade (mesmo não sendo de maneira presencial) assim como observamos nas exposições virtuais. Todos os museus que fomos têm várias informações interessantes sobre suas as exposições e acervos no âmbito virtual, com a capacidade de percorrer o mundo rapidamente de maneira um tanto interessante, prática e assecivel.
A visita técnica a São Paulo foi espetacular em vários aspectos, tive a oportunidade de conhecer museus incríveis com várias temáticas, e cada um despertou em mim emoções e sensações diferentes. É bastante interessante como cada museu explora as narrativas e transforma os acervos em bens que impactam e passam mensagens específicas ou não, tendo muitas das vezes a capacidade de serem autoexplicativos (muitas vezes os acervos possuem apenas as informações básicas, como origem e autor, deixando o expectador tirar suas próprias conclusões).
O Museu da Imagem e do Som foi o museu que mais me surpreendeu, pois eu não esperava uma experiência tão correspondente ao que foi prometido. A megaexposição "Terror no Cinema" com estreia no dia 31 de outubro de 2023, com curadoria de André Sturm foi bastante imersiva, o ambiente estava frio, escuro e com barulhos assustadores (típicos de filmes de terror mesmo). E tudo isso fez com que a exposição imersiva fosse envolvente e impactante.
O MASP também me surpreendeu muito, eu simplesmente fiquei sem palavras com a exposição de longa duração. Haviam vários quadros expostos em fileiras, com estilos e tamanhos diversificados, era espetacular. Além disso, o Museu de Arte de São Paulo em colaboração com o Kode Bergen Art Museum organiza uma grande exposição coletiva intitulada Histórias Indígenas. A mostra ocupa as galerias do primeiro andar e do segundo subsolo do MASP entre 20 de outubro de 2023 até 25 de fevereiro de 2024. A seção temática é dedicada aos ativismos indígenas em todo mundo, como por exemplo, América do Sul, América do Norte, Oceania e Escandinávia. A exposição fazia diversas críticas ao mesmo tempo que explorava as diversas histórias indígenas sem o objetivo de representar estas vastas história ao máximo, mas não totalmente, oferecendo uma visão transversal, um fragmento ou uma amostra de tais histórias.
A seguir uma imagem de uma obra que estava no MASP que me tocou por algumas razões e que eu gostei muito:
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