a tradição das visitas técnicas

No inverno de julho de 1945, quando as moças e senhoras costumavam usar chapéus em roupas de passeio e os homens trajavam ternos à rua, a turma do Curso de Museus do Museu Histórico Nacional/RJ excursionava para a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. O grupo de 19 pessoas veio de trem numa viagem que durou 16 horas. Durante a permanência de uma semana visitaram também as cidades de Mariana, Congonhas do Campo e o então arraial de Ouro Branco.

Passados 68 anos, o Curso de Museologia da UFOP mantém a tradição das visitas técnicas iniciada pelo Curso de Museus. Todo semestre o DEMUL se reúne para discutir e aprovar os roteiros de viagens das disciplinas que possuem visitas previstas em suas ementas. Em geral, os estudantes organizam a hospedagem, na busca de conforto, higiene, bom preço e localização. Os professores, claro, responsabilizam-se pela elaboração dos roteiros detalhados, agendamentos, relatórios posteriores, avaliações e ainda por todo o aspecto operacional de deslocamento.

Em meio à transitoriedade do mundo contemporâneo as visitas técnicas permanecem uma boa tradição que nos orgulhamos em manter devido à sua importância como recurso pedagógico.

Este blog cumpre, pois o objetivo final de avaliar os estudantes em suas visitas aos museus. Suas postagens são registros, narrativas e leituras da experiência vivida, um diário coletivo, dinâmico, crítico, quiçá, divertido.

Tenham todos uma boa leitura e uma boa viagem!

Prof.ª Ana Audebert


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

São Paulo e infinitas possibilidades


São Paulo é uma cidade amada por muitos e odiada por outros. Acredito que o ódio seja, de certa forma, justificado. Os problemas encontrados são os mesmos vistos por todas as cidades grandes do nosso país: a pobreza e a disparidade social afetam muitos e muitas. Ver isso ao vivo é realmente um choque de realidade para muitos. As cidades contemporâneas são um museu a céu aberto, com um acervo muito maior e complexo do que o que encontramos nas instituições museológicas. 

Visitar museus é mais do que um simples passeio, é entender a responsabilidade que as instituições possuem em meio ao patrimônio e a correria das cidades grandes, é compreender a memória e história do espaço em que estão inseridos, é observar o que está dentro e mais ainda os arredores dos museus. O ritmo de vida acelerado não permite que a maior parte das pessoas possuam um tempo para apreciar os contextos que estão inseridos. Não há tempo para pensar e apreciar... Que bom que podemos fazer isso!

Dentre todos os museus visitados, o Museu Afro Brasil foi o mais cativante por conta do seu educador, que foi o guia da nossa visita. Além de ser extremamente didático e simpático, Sidney, nos contou sobre as varias áreas que englobam um museu, que vai desde a sua equipe, coordenação, até o setor educativo e a reserva técnica. 

O Museu da Imagem e do Som (MIS) também foi outra parte da viagem que surpreendeu e com certeza, me marcou muito.


Locais e museus visitados:

- Memorial da Resistência
- Pinacoteca
- MASP
- MIS
- Museu Afro Brasil
- MAM






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